Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

Senado aprova renegociação de dívidas de produtores rurais

Mobilização da Sociedade Rural foi imprescindível

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Foi aprovado, nesta terça-feira (17), no Senado Federal o Projeto de Lei de Conversão 8/2016, decorrente da MP 707/2015, que agora segue para sanção presidencial. Na proposta constam medidas diretamente ligadas ao Norte de Minas. A proposta vai alterar altera a Lei 12.844, de 19 de julho de 2013.

Uma luta da Sociedade Rural que não mediu esforços para viabilizar a abonação de itens que vão beneficiar o homem do campo da região.

“Todo trabalho desenvolvido de articulação teve a garantia da Diretoria da Sociedade Rural que cumpre seu nobre papel de representar o homem do campo, defendê-lo e instigar e apresentar medidas que beneficiem a classe. Depois de uma longa caminhada. Foram várias idas a Brasília-DF, estudos realizados, recebemos alguns nãos também, mas hoje suspiros aliviados. Estamos quase no fim dessa empreitada. Nossa expectativa é que o presidente, Michel Temer sancione o quanto antes o Projeto de Lei”, afirma Osmani Barbosa Neto, Presidente da Rural.

Remissão integral

A possibilidade de remissão integral se aplica apenas para as dívidas contraídas até o fim de 2006. O problema de que trata a MP vem desde os anos 90, quando um conjunto de pequenos, médios e grandes produtores rurais ficaram endividados por conta da prática de uma taxa de juros incompatível com a produtividade e com a capacidade de pagamento dos trabalhadores rurais da Região Nordeste. A MP vai beneficiar aproximadamente 1,1 milhão de micro, pequenos, médios e grandes agricultores familiares, envolvendo um montante em torno de R$ 6 bilhões.

Os cálculos incluem a anistia de todas as dívidas até R$ 10 mil porque o governo entendeu que os custos operacionais para prorrogar o pagamento de taxas cartoriais são superiores a esse valor.

“O PL amplia diversos benefícios. Aumenta o prazo de renegociação tomando-se como base a data de contratação. Exemplo: Quem financiou até 2006 passa agora para 2010, dando condições aos agropecuaristas que contrataram entre 2010 e 2014 também renegociarem seus débitos – período com maior incidência de seca.  Generaliza todas fontes de recursos, não ficando apenas ao Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste – FNE, abrindo para outras fontes de recurso do Tesouro nacional e BNDES. Amplia faixa de financiamento que era de 100 mil reais na origem do debuto para valores bem superiores”, afirma Luiz Guilherme Câmara, assessor técnico da Sociedade Rural.

MP 707

Com o aval do Plenário, os produtores rurais terão melhores condições para o refinanciamento de dívidas. A partir de agora, os agricultores passam a ter mais prazo e desconto para quitarem débitos referentes ao crédito rural, e os contratos de financiamento de caminhoneiros com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão expandidos. A medida, que também trata da prorrogação do prazo para inscrição no Cadastro Ambiental Rural (CAR),

A MP 707/2015 atende a antigas reivindicações dos pequenos produtores ao permitir o abatimento de grande parte das dívidas referentes ao crédito rural, e, em alguns casos, até mesmo a remissão integral da dívida. Os agricultores mais beneficiados pelos abatimentos são aqueles localizados dentro da área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene): o Semiárido nordestino, o norte dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e os Vales do Jequitinhonha e do Mucuri.

Caminhoneiros

O PLV 8/2016 também autoriza o BNDES a prorrogar até 30 de dezembro o prazo para a formalização de refinanciamento de empréstimos contraídos por caminhoneiros para a aquisição de veículos, reboques, carrocerias e bens semelhantes. A prorrogação será válida para contratos firmados até o fim de 2015. No texto original enviado pelo governo, a medida só se aplicava aos contratos feitos até 2014 e só permitia a prorrogação até 30 de junho.

— A medida dá oportunidade aos pequenos produtores rurais, mas, sobretudo, aos caminhoneiros que tinham dívidas de financiamento e que não estavam conseguindo pagá-las devido à deterioração econômica do país — elogiou o senador Eduardo Amorim (PSC-SE).

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