Prefeitos se dividem quanto a criação de lei federal para casas noturnas

image,tragédiaUma comissão externa criada pela Câmara dos Deputados, em Brasília, vai acompanhar as investigações do incêndio na boate Kiss em Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O caso ocorrido no domingo (27) deixou 235 mortos e dezenas de pessoas ainda estão internadas. O grupo deve também apresentar uma proposta para unificar os procedimentos do Corpo de Bombeiros e das prefeituras na concessão de alvarás para o funcionamento das casas noturnas.

A medida é uma resposta à tragédia, na tentativa de mudar a situação atual dos estabelecimentos que não seguem as determinações de segurança. Os prefeitos, no entanto, divergem sobre a necessidade de aprovação de uma lei federal com parâmetros mínimos de segurança para funcionamento de boates e casas de show.

O deputado Fernando Francischini (PEN-PR) informou que, quando a Câmara retomar os trabalhos legislativos, na próxima semana, vai apresentar projeto de lei para proibir o uso de materiais perigosos em casas de festas e boates. No caso de Santa Maria, existe a suspeita de que as chamas tenham começado após um integrante da banda que se apresentava no local soltar fogos em um show pirotécnico. A proibição valeria para materiais de isolamento acústico e térmico que tenham alto índice de toxidade ou que sejam facilmente inflamáveis.

Atualmente, o processo de licenciamento das casas noturnas e as normas de segurança para esses locais são determinados por leis estaduais e municipais.

O prefeito Carlos Casteglione, de Cachoeiro do Itapemirim (ES), acredita que a mudança pode beneficiar o município, que tem 200 mil habitantes. “Uma lei federal pode ajudar os municípios, porque torna a ação das cidades mais eficaz. Tendo uma lei federal, certamente, nós vamos ter mais poder ainda para cobrar a legalização desses espaços, como casas de show e boates, em nossas cidades”, afirma.

Contra

Por outro lado, o prefeito Avelar Ferreira, de São Raimundo Nonato – cidade com 35 mil habitantes, do Piauí -, afirma que uma lei federal para regulamentar o funcionamento de boates tira a autonomia dos municípios. “Na minha concepção, tira, e muito. Eu acho que é uma obrigação do município. O município tem que se fortalecer nesse sentido, para ter um corpo técnico à altura, para que fiscalize essa questão de boates, de casas de show etc, para que não haja [tragédia] como aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul”, defende.

O prefeito César Moreira, do município de Rafard (SP) também critica a edição de uma lei federal sobre o tema. A cidade tem 10 mil habitantes. César Moreira afirma que as normas em vigor já são suficientes. “Se tiver alvará, licenciamento dos bombeiros, tudo certinho, não tem necessidade [de lei] federal. É mais uma burocracia, mais documentação, mais problema para os municípios”, argumenta.

*Com Agência Câmara

Sobre Ramon Rocha

Jornalista e Fotógrafo por paixão, Analista de Sistemas, empresário e administrador, me formei na Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP) e venho atuando nos mais diversos segmentos empresariais na gestão de tecnologia (TI), suprimentos e recursos administrativos. Proprietário do Guia Gerais, criei este projeto com o intuíto de levar entretenimento e informações úteis para o Estado de Minas Gerais, fornecendo uma agenda de eventos atualizada, cobertura de eventos, notícias e um guia completo de empresas, produtos e serviços.

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