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Bem mais a vontade do que na ultima passagem pela cidade em agosto de 2011, Avril Lavigne misturou canções dos cinco álbuns. Depois da nova ‘Hello Kitty’ emendou em sequência “Girlfriend”, “Rock N Roll”, “Here’s to Never Growing Up” antes do protocolar “estou feliz em estar aqui”. O papo com a plateia não foi muito além disso. A frase, inclusive se repetiu ao longo da apresentação.
A música de trabalho “Hello Kitty”, apesar de ser o orgulho da cantora por ser algo feito como ela queria, como disse ao Estado de Minas: “Este disco soa como realmente meu, por isso é diferente dos outros. Pela primeira vez pude experimentar um pouco de produção. ‘Hello Kitty’ é um dos exemplos, o estilo de eletrônica é o que me interessa e é algo que nunca fiz antes. ‘Give you what you like’ é também bastante pop e divertida”, traz algumas polêmicas no clip que traz a cantora em meio a danças infantis, variedades de sushis, roupas fofas de bonecas e quatro dançarinas japonesas, exatamente iguais e sem qualquer expressão. Até mesmo acusada de racismo ela foi, mas Avril se defendeu em seu Twitter: “Eu amo a cultura japonesa e passo metade do tempo no Japão. Viajei para Tóquio para gravar esse vídeo para meus fãs japoneses, com meu selo japonês, coreógrafos”
“Hello Kitty” traz uma “versão” diferente da cantora já possui 12 anos de carreira, tempo suficiente para que ela seja dona do “próprio nariz”. Onde a “roqueira rebelde” que conquistou adolescentes ao redor do mundo com seus primeiros álbuns, “Let go” (2002) e “Under my skin” (2004). Mas a cantora diz justamente o contrário: “Esses discos eram coisa de adolescente. Eu cantava sobre brigas de namorados. O novo fala da vida e de questões diversas, para além do amor.”
Não é a toa que Chad Kroeger, frontman do Nickelback e atual marido de Avril, participou da produção do novo álbum, produzindo um trabalho mais romântico. Mas isso não quer dizer que a Avril deixou de agradar os seus fãs mais antigos, que continuam fiéis até hoje. Ela procura montar suas turnês pensando no que os fãs gostariam de ouvir em cada lugar que passa. Para a temporada brasileira, fez uma enquete, via Twitter, pedindo que os fãs de cada cidade onde vai se apresentar dissessem quais são suas canções preferidas. Surpreendeu-se com algumas das mais pedidas, como “Nobody’s home”, lançada 10 anos atrás. Em BH, a setlist não sofreu grandes mudanças, apenas a adição de “Falling Fast” ao repertório a pedido dos fãs.
Em “My Happy Ending”, a cantora assumiu a guitarra e demonstrou mais uma vez que o tempo tem lhe feito bem. Por mais que não seja do tipo que faz gracinha para o público, conseguiu melhorar a relação com a plateia. A galera embarcou tanto baladinha lançada no segundo disco assim como na mais pesada ‘I Always Get What I Want’, também de 2004. Ainda na série baladas, histeria do lado da plateia com os primeiros acordes de “I’m with you”, uma das mais conhecidas do repertório.
